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Ordem dos Cavaleiros Templários Lealdade & Justiça

Ensinamentos Doutrinários

A íntima comunhão de Cristo com seu fiel seguidor

Ouvirei o que interiormente me disser o Senhor meu Deus(sl 84:9). Feliz é quem ouve dentro de si a voz do Senhor e recebe Palavras de conforto! Felizes os ouvidos que percebem o sopro do divino sussurro sem se deixar perturbar pelas sugestões vindas do mundo exterior. Felizes, sim, os ouvidos que não se ensurdessem com as vozes que ecoam lá fora, mas prestam atenção à Verdade que os ensina lá dentro. Felizes os olhos que não apenas estão abertos às coisas exteriores, mas principalmenteo estão para as interiores! Felizes aqueles que se aprofundam nas coisas interiores e se empenham, mediante contínuos exercícios de oração e de meditação, em compreender cada vez mais os mistérios divinos! Felizes os que, com prazer, se entregam a Deus para além dos compromissos do mundo.

Filho, desci do céu para tua salvação, tomei tuas misérias, não por necessidade, mas por amor, para ensinar-te a paciência e para suportar com resignação as misérias temporais. Porque desde a hora do meu nascimento até à morte na cruz nunca me faltaram sofrimentos. Padeci grande penúria de bens terrestres; ouvi, muitas vezes, maledicências contra mim, sofri com brandura, injustiças e ofensas; recebi, pelos benefícios, ingratidões, pelos milagres, blasfêmias, pelo ensinamento, repressões.

Filho, o que é que estás dizendo? Deixa de te queixar e tenha em mente o meu amor e sofrimento por ti. Ainda não tens resistido até o derramamento de sangue (Hb 12:4). Pouco é que sofres em comparação os Santos do Senhor, que padeceram eles em tão grandes tentações, tão graves aflições, tão diferentes provações e angustias. Convém, pois, que te lembres dos pesados trabalhos dos outros, para que mais facilmente sofras os teus, que são mais leves.

Filho, eu disse aos meus discípulos; Eu vos deixo a paz, eu vos dou a minha paz. Não vo-la dou como o mundo a dá (Jo 14:27). Todos desejam a paz, mas nem todos buscam as coisas que produzem a verdadeira paz. A minha paz está com os humildes e mansos de coração. Na minha paciência encontrarás a tua paz. Se ouvires e seguires a minha voz, poderás gozar de grande paz. Senhor, que hei, pois de fazer? Em tudo repara bem no que fazes e dizes e dirige toda tua atenção em primeiro lugar a mim. Não faça juízos temerários acerca das palavras  e práticas dos outros nem te intrometas em coisas que não te dizem respeito; deste modo poderá ser que pouco ou raras vezes te pertubes.

Filho, põe firmemente tua confiança no Senhor e não temas o que pensam os outros enquanto tua consciência te der testemunho de tua sinceridade e inocência.

Filho, tens uma missão nesta terra, entre os homens, olhe na direção que o Senhor te faz andar, não temas, vá e sempre estarei contigo.

O evangelho é a boa notícia, que revela ao homem o amor de um Deus que desviou da raça humana a sua ira e trouxe para si mesmo, punindo a pessoa do seu Filho os nossos pecados; a nossa incapacidade de amar. A justiça exigia a punição de todos, mas o amor desejava o perdão. Pecar é não Amar.

Siga em frente, não te desanime, porque sou contigo; sobre ti colocarei portas abertas, tua boca libertará e sentenciará, apenas siga em frente, estou contigo por todos os caminhos que andares.

Este é o conselho, Deus Seja Louvado e Glorificado.

O Homem Profano
...

O Aprendiz Templário

 

INTRODUÇÃO

Nas três primeiras apostilas deste curso, Grau de Noviço Templário (Grau Um), o aluno terá contato com personagens da história de Idade Média que poderiam ser comparados aos maiores super-heróis das histórias em quadrinhos ou cinema, também terá contato com os maiores vilões da época, pessoas que não mediram esforços para saciar a sede pelo poder e riqueza, acasando falsamente e criando provas nada concretas contra os Cavaleiros Templários até conseguirem leva-los a morte na fogueira com a acusação de heresias (adoração a demônios, sodomia, avareza, luxurias etc), tendo como seu principal mártir o Mestre Templário Jacques Demolay (Demolé), considerado o último dos Templários.

Conhecerá a origem dos Cavaleiros Templários e o seu nascimento aos a “Primeira Cruzada”, entenderá a diferença entre “cruzados” e “templários”, acompanhará a saga de Hugo de Payens e toda a sua trajetória juntamente com mais oito cavaleiros para a fundação da Ordem dos Cavaleiros de Cristo.

Outro importante personagem da época o “abade Bernardo de Claraval” sem o qual os Templários não teriam obtido a Graça do Papa Honório II e autorização para lutarem em nome da Igreja Católica; abate que preparou as “antigas regras” dos templários e seus exercícios espirituais, fortalecendo-os na parte militar quanto religiosa.

A importância do Rei Balduino II, Rei da Cidade Santa de Jerusalém, que admirado com a bravura daqueles cavaleiros, permitiu que construíssem sua primeira fortificação nas terras onde se supunha ter existido o “Templo de Salomão” e onde, talvez, os Templários tivessem feito suas descobertas sagradas que os tornariam temidos por todos até pela própria Igreja Católica. Em toda história onde existem heróis e homens corajosos temos também, como contrapeso, os arqui-inimigos e os covardes que tentam atacar e destruir os heróis constantemente e, como a história real nem sempre tem um final feliz, muitas das vezes esses covardes conseguem, através de suas armadilhas e farsas, atingir os heróis e até mesmo derrota-los, ainda que momentaneamente.

Nessa história dos templários en- contramos duas figuras perversas: Felipe, o Belo (Rei da França) e o Papa Clemente V. – O Generoso. Certo que não foram apenas esses dois que tramaram contra a Ordem dos Templários, pois centenas de príncipes e padres nutriam o interesse secreto pelo fim da ordem; dentro do seio da Ordem dos Templários também existiam os traidores, como foi o caso de “Ignacio de Loyola” que era um dos Mestres Templários e traiu a organização em benefício próprio, uma vez que queria fundar a sua própria ordem, dano origem aos Jesuítas (Ordem da Companhia de Jesus) dentro da Igreja Católica. Felipe, assim chamado de “o belo”, Rei da França, estava com o seu reino totalmente endividado, enfrentado várias batalhas internas para as quais não possuía mais condições  financeiras e nem mesmo exército para apoiar seus súditos; por outro lado encontrava-se endividado com os Templários, com os quais havia obtido empréstimos de vultosas quantias em ouro e prata e não tinha meios de quitar a dívida; Por outro lado, a sua amizade com o Papa Clemente V (e os favores que o Papa lhe devia) permitia traçar um plano sórdido para quitar sua dívida e pôr fim aos Cavaleiros Templários e ainda por cima se apoderar da fortuna dos Templários que era estimada em toneladas de ouro e prata. Toda essa trama será esmiuçada nessas mais de oitenta páginas desta apostila. O leitor terá contato, ainda, com o “antigo código da cavalaria” e compreenderá de onde herdamos o compromisso em proteger os mais fracos e debilitados, a viúva e os filhos órfãos, a igreja e o estado. Conhecerão as “antigas regras dos templários” e perceberá que código perfeito e totalmente aplicável que aqueles bravos homens decidiram seguir.

Entenderá a proximidade entre os Cavaleiros Templários e os “peregrinos de Santiago de Compostela” e a necessidade de que todo aquele que deseja realmente se tornar um templário faça essa peregrinação, que nada mais é do que a “peregrinação dentro de nós mesmos” em busca de retificarmos a nossa “pedra bruta”. Verá, com destaque, as imagens referentes aos locais e personagens que são mencionados neste texto e terá uma perfeita noção de como eram aquelas paisagens e o perfil de cada um desses personagens e sua fisionomia, pelo menos àquelas que temos conhecimento nos dias de hoje.

              E, como não poderia deixar de faltar, o aluno encontrará, dois exercícios espirituais maravilhosos, um deles é o Pater Nostro  ou o Pai Nosso em Latim; oração poderosíssima que deveria ser praticada diariamente por todo cristão em busca de forças e regeneração dos seus votos; outro exercício, esse de cunho místico, que nos dias de hoje foi adotado por várias correntes de exotéricos, é o chamado “exercício espiritual da semente”, uma magnífica experiência personalíssima eu trará para cada um dos praticantes sensações, emoções e reflexões diversas e profundas. Desejamos a todos uma boa viagem nessa maravilhosa história sobre a Ordem dos Cavaleiros Templários. Origens dos Cavaleiros Templários No final do século XI, a Europa, enfrentava uma profunda crise econômica e vivia um momento de estagnação sociocultural. O Cristianismo encontrava-se tumultuado e dividido; esse clima tenso era propício para guerras e disputas internas que só colaboravam para o agravamento da situação. O novo Sumo Pontífice a ocupar o Trono de São Pedro, Urbano II, eleito papa em 1088, revelou-se, muito além daquelas qualidades e funções cabíveis ao suposto representante de Deus na terra, um notável político e excelente articulador. Um dos sonhos da Igreja da época, e de Urbano II, era retomar a cidade de Jerusalém, cuja posse estava nas mãos dos "infiéis do islã" havia mais de quatro séculos, desde o ano 638 d.C., quando fora tomada pelo exército muçulmano. Além da importância histórica para os cristãos da própria cidade em si, os supostos tesouros ali encerrados, havia também por parte de toda a alta hierarquia do clero, o desejo de "unificar" cristãos ocidentais e orientais sob o jugo único do pontificado Papal. Esses eram motivos mais que suficientes para justificar uma empreitada a terra santa. A habilidade política do Papa Urbano II conquistou a submissão espiritual de praticamente todos os cristãos ocidentais, fazendo com que parte da Europa entendesse que havia uma necessidade premente e divina de se recuperar aquilo que, por direito, pertencia aos cristãos. E desta forma foi articulada a Primeira Cruzada, cujo divino objetivo era "devolver a Deus o que era de Deus". Teve início a Primeira Cruzada, e assim Jerusalém viria a cair sob domínio cristão ocidental. Estava inaugurada a era das "guerras santas".

As peregrinações, naquela época, eram costumeiras entre os europeus, principalmente entre os cristãos, sendo uma atividade abençoada e encorajada pela Igreja e pelo Papa. Um dos caminhos de maior importância, senão o mais importante, era justamente aquele que conduzia os peregrinos à Terra Santa, ou seja, Jerusalém. Esse caminho, contudo, não era seguro, deixando os que nele se aventurassem a toda sorte de bandidismo, assaltos, etc., e mesmo à morte. Alguns anos após a queda de Jerusalém, em 1118, nove Cavaleiros então, liderados por Hughes de Payens, todos veteranos da Primeira Cruzada, se reuniam para prestar um nobre serviço ao reino cristão e fundaram a Ordem dos Cavaleiros de Cristo, tomando o tríplice voto de Castidade, Pobreza e Obediência, dedicando suas vidas, dali até a morte, à proteção dos peregrinos e à garantia do Reino de Cristo. O então novo Rei de Jerusalém, Balduíno II, que sucedera seu primo Balduíno I, logo viu na atitude dos nobres e valorosos cavaleiros algo de grande valor e importância. A título de reconhecimento e confiança, cedeu-lhes terras e construções para que lhes servissem de acomodação e base. As terras eram situadas no local onde supostamente havia sido construído o famoso Templo de Salomão. Não tardou e os "Pobres Cavaleiros de Jesus Cristo" passaram a se denominar de "Cavaleiros do Templo de Salomão", ou simplesmente de "Cavaleiros Templários" e, assim nasceu a "Ordem do Templo", cuja denominação completa era: "Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão"  

 

Relação com os nomes dos nove fundadores da Ordem TEMPLARIOS OS NOVE FUNDADORES

Os Nove Fundadores originais da Ordem 1.    

Hugues de Payens (ou Payns, um cavaleiro e vassalo de Hugh de Champagne e um parente por casamento com a família escocesa dos Saint Clair de Roslin.) 2.   

Godofredo de Saint-Omer, um filho de Hugh de St. Omer; 3.   

Godofredo de Bisol ( ou Roral ou Rossal, ou Roland ou Rossel); 4.   

Payen de Montdidier ( ou Nirval de Montdidier); um parente dos governantes de Flandres. 5.   

André de Montbard (tio de S. Bernardo de Clairvaux e outro vassalo do Conde de Champagne, Hugh de Champagne); 6.   

Arcimbaldo de Saint-Amand, ou Archambaud de Saint-Aignan; outro parente da casa reinante na região de Flandres; 7.    

Hugo Rigaud 8.    

Gondemaro, (ou Gondomar, ou Gondemare, ou Gondomar . (N.1090 ? - ?) Templário que se supõe ter sido Português.); 9.    

Arnaldo ou Arnoldo : Frei Arnaldo, ou Arnoldo, ou ainda segundo Andre Paraschi: D. Pedro Arnaldo da Rocha que teria sido um dos nove fundadores da Ordem dos Cavaleiros Templários em Jerusalém, em 1.118.

Os peregrinos O Império Romano estava em decadência, e por volta de 813-820 foi descoberto o túmulo do Apóstolo Santiago, mesmo com os muçulmanos dominando grande parte da Península Ibérica, as peregrinações foram reiniciadas, havia uma necessidade premente na quebra daquela monotonia reinante na época. Nesse artigo abordaremos como se deu origem a uma Tradição.

            A lenda marra-nos que o bispo Teodomiro de Iria Flavia, após ter reconhecido o sepulcro de Santiago, imediatamente fez a notícia chegar a Afonso II (759-842), “o Casto”, rei das Astúrias, que vê na descoberta um sinal promissor para as suas batalhas contra os mouros, e com o seu séquito acode rapidamente ao chamado. Parte de Oviedo para visitar o lugar constatando a milagrosa revelação. O rei “Casto” era na época considerado pelo cristianismo como um elemento catalisador e unificador contra o Islamismo. O achado das relíquias do Apóstolo dentro dos limites do seu reino constitui-se num poderoso instrumento político religioso que fortalecia a Igreja na Galícia frente aos ataques islâmicos e ao expansionismo carolíngio. O rei Afonso II foi assim o primeiro peregrino deste novo ciclo do culto a Tiago. O “Libre-don” ganha o nome de “Campus Stellae”.          

    

Com a queda do Império Romano frente aos muçulmanos, produziu-se na Espanha – como em outros lugares devido a distância da autoridade de Roma – a queda das instituições sociais e por isso perdeu os seus funcionários a legitimação de suas funções. A única instancia capaz de assumir a responsabilidade coletiva foram os bispos da Igreja Cristã. Na Galícia conseguiram dialogar com os invasores e até conseguiram a prematura conversão ao catolicismo do príncipe suevo Reckiario, que ao morrer seu pai Reckila no ano de 448, converteu-se no primeiro rei bárbaro católico.  

            Este problema se aguçaria quando, a partir do ano 713, caiu toda a Espanha em poder dos muçulmanos menos a área situada ao norte da Península Ibérica. Na Galícia se refugiaram uma infinidade de cristãos e bispos. O bispo de Dumia se refugia em Mondoñedo. Lugo, Orense , Astorga, Tuí e a metropolitana Braga ficam sem os seus bispos. Somente continua sem interrupção a sucessão dos bispos de Iria Flavia. Aqui deve estar a origem, primeira do senhorio temporal dos bispos sobre a terra de Iria Flavia e depois o dos arcebispos de Santiago, senhorio esse que aumentou e consolidou-se com os donativos dos reis, tratando com isso a honrar o Apóstolo Santiago patrono da Espanha.

As lendas como sempre mexeram nas coordenadas habituais: naquele tempo somente a sanção real dava validade permanente e definitiva a qualquer ato. A presença de Afonso II e a conformidade do monarca eram a cunha que dava impulso oficial ao culto local ao Apóstolo Santiago no seu sepulcro recém descoberto. No presente caso foram duas, e em diferentes planos as autoridades que deram impulso ao culto apostólico: primeiro o bispo, na sua função de chefe da Igreja local, e em segundo lugar o soberano, como responsável por todas as decisões religiosas ou políticas do seu reino.

Esta dupla linha de defensores e promotores do culto Jacobeu deve ter-se mantido ao longo de muito tempo. É verdade que alguns dos bispos de Iria Flavia se mostraram despreocupado não só no culto ao Apóstolo, mas também de toda a administração espiritual da diocese, que (como diz o poema dos anos 883 que acompanha a crônica de Albelda), brilha pela presença de Santiago, no “lócus apostolicus” ou “lócus sanctus”. O Caminho de Santiago de Compostela é uma rota secular de peregrinação religiosa, que se estende por toda a Península Ibérica até a cidade de Santiago de Compostela, localizada no extremo Oeste da Espanha, onde se encontra o túmulo do apóstolo Tiago.   Tiago foi um pescador que vivia às margens do lago Tiberíades; filho de Zebedeo e Salomé, e irmão de João O Evangelista. Segundo a tradição, após a dispersão dos apóstolos pelo mundo, Tiago foi pregar o evangelho na província romana da Galícia, extremo oeste espanhol. De volta a Jerusalém, o apóstolo foi perseguido, preso e decapitado a mando de Herodes no ano 44. Seus restos foram lançados para fora das muralhas da cidade. Os discípulos Teodoro e Atanásio recolheram seu corpo e levaram-no de volta para o Ocidente, aportando na costa espanhola, na cidade de Iria Flavia.

O corpo do apóstolo foi sepultado secretamente num bosque chamado Libredón. Assim, o local permaneceu oculto durante oito séculos. Uma certa noite, o ermitão Pelayo observou um fenômeno que ocorria neste bosque: uma chuva de estrelas se derramava sobre um mesmo ponto do Libredón, proporcionando uma luminosidade intensa. Tomando conhecimento das ocorrências, o bispo de Iria Flavia, Teodomiro, ordenou que fossem feitas escavações no local. Assim, no dia 25 de Julho de (provavelmente) 813, foi encontrada uma arca de mármore com os restos do apóstolo Tiago Maior.

A notícia se espalhou rapidamente, e o local passou a ser visitado por andarilhos de toda a Europa a fim de conhecer o sepulcro do Santo. A quantidade de peregrinos aumentava intensamente a cada ano. Nobres e camponeses dirigiam-se em caravanas, caminhando ou cavalgando em busca de bênçãos, cura para as enfermidades, cumprir promessas ou apenas aventuravam-se em terras distantes.  O rei Afonso II ordenou que no local da descoberta fosse erigida uma capela em honra a São Tiago, proclamando-o guardião e padroeiro de todo o seu reino. Em pouco tempo, uma cidade foi erguida em torno daquele bosque, e denominada Compostela. A origem etimológica do nome remete ao latim: Campus Stellae, ou Campo das Estrelas, e assim a junção final: Compostela.  No ano de 899, Afonso III construiu uma basílica sobre o rústico templo erguido por seu antecessor. Porém, oitos anos mais tarde, a basílica foi saqueada pelo árabe Almanzor, que respeitosamente, preservou as relíquias do apóstolo. Em 1075, iniciou-se a construção da atual catedral, cinco vezes maior que a anterior.

É importante observar que a promoção do culto à sepultura de Apóstolo Santiago foi realizada em detrimento das Igrejas de Oviedo e de Iria Flavia. Posteriormente, o bispo Teodomiro visando um futuro promissor com a descoberta, passou a viver no bosque de “Arcis Marmáris”, aonde veio a falecer em 20 de outubro do ano de 847, local onde se encontra o seu se pulcro situado a poucos quilômetros de sede de Iria Flavia. Com a descoberta do tumulo, iniciou-se a grande movimentação dos peregrinos ao culto a Santiago. Tinha-se em conta que os túmulos dos mártires eram locais de culto onde o cristão recordavam aqueles que tinham permanecido firmes na fé no meio das perseguições. Não tardou muito para que peregrinos de toda a Europa começassem a acorrer a Compostela para venerarem as relíquias de Santiago. Também foi comunicada a boa nova da descoberta ao Papa Leão III (795-816), que deu conhecimento ao mundo cristão no escrito “noscat fraternitas vestra” que “o corpo do bem aventurado Apóstolo Santiago foi transladado inteiro na Espanha, no território da Galicia”.  

           Segundo consta, o rei Afonso II, comunicaria o fato a Carlos Magno, imperador, cuja corte estava em Aquisgrán, de onde se origina a lenda do Imperador e seus heróis Martell e Roldán, que, segundo conta à lenda, foram então à Espanha para libertar o Caminho que estava em poder dos muçulmanos.

O poeta e filosofo árabe Algazal, de Jaén, descreve em 845: “A sua kaaba é um ídolo colossal que têm no centro da igreja; juram por ele, e dos locais mais longínquos, de Roma e de outros países, acodem a ele em peregrinação e dizem que a tumba que se vê dentro é a de Santiago, um dos doze Apóstolos ...”.              

O rei Afonso II impressionado com o achado e aproveitando-se da ocasião, declara a Santiago protetor de toda a Espanha e manda construir no local uma modesta capela de pedras e barro para acolher o mausoléu, coloca um oratório de tal forma que este acaba convertendo-se no local de celebrações comunicando-se com a nave por uma pequena porta, ao seu redor se estabeleceu um cemitério, que esteve em uso até o século XI. A partir desse ponto, o pequeno local chamado de Tamarisco que contava apenas com trezentos habitantes, começou a crescer rapidamente, convertendo-se em Compostela nome derivado de Campus Stellae.  Nascia, assim, um dos mais importantes centros de peregrinação da Cristandade.

Com o novo culto chegam às ordens religiosas, os peregrinos e, sobre o velho caminho druídico, recria-se uma rota atravessando a península para visitar o túmulo do Apóstolo, as pessoas partiam de vários pontos da Europa, percorrendo um longo caminho cheio de perigo, um caminho que ficaria conhecido pelos séculos futuros como o Caminho de Santiago do Campus Stellae ou Campos das Estrelas, origem da palavra Compostela, numa referência às luzes vistas por Pelayo e à Via Láctea, pois, esta rota situa-se diretamente sob a Via Láctea. Sendo uma das poucas rotas do mundo que não se formou por motivos comerciais.        

      

Os peregrinos que chegam a Santiago de Compostela imaginaram o Santo como sendo o primeiro dos peregrinos. Isto justifica o fato de em uma de suas representações, incluírem o chapéu, o bastão, a capa, a mochila, a cabaça..., tudo aquilo necessário a uma peregrinação pelos caminhos, que no desenrolar da Idade Média vão configurando essa relativa unidade de cultura europeia que idealizou o românico.

Os Templários e sua relação com os Peregrinos de Santiago

“Em Puente la Reina há uma ponte; em Ponferrada, mais a oeste, também. O Templo também se estabelece ali. Em outros termos, sem negligenciar os deveres de abrigo, mas sem se preocupar com a especialização, o Templo privilegiou, nas estradas de Santiago, bem como em outras, a função de cruzamento, de passagem e de travessia de cursos d´água”.  

         

Tais afirmativas nos deixam muito a pensar sobre o referido assunto, temos conhecimento de que a Ordem possuiu algumas relíquias no caminho francês das peregrinações a Santiago de Compostela, tais como: a Igreja de Santa Maria de Eunates; em Ponferrada fica o magnífico castelo que era à base da Ordem na região. Perto da cidade existe o refúgio de Manjarín, uma casa de pedras vizinha a Foncebadón, uma vila fantasma que atualmente começa a reviver; em Torres del Rio a Igreja do Santo Sepulcro e, segundo alguns historiadores a Igreja do Monastério de Irache.

A Igreja de Santa Maria de Eunates             

Apesar de não estar na rota do caminho francês procedente de Saint Jean de Pied-de-Port e sim no que passa por Samport, nos Pirineus Aragonês, a mesma abre um amplo leque de especulações as mais fantasiosas possíveis, a Igreja de Eunates não está imune às mesmas, podemos ler as diversas teorias sobre o assunto, podendo cada uma apresentar as suas razões.

           

  A Igreja de Eunates encontra-se situada no meio de uma planície entre campos de lavoura, não existindo nenhuma construção em seus arredores, é sem dúvida um dos monumentos mais emblemáticos e conhecidos do Caminho, é um dos maiores mistérios e também um dos mais valiosos.   Trata-se de um pequeno templo românico de planta octogonal não simétrica, com abside pentagonal rodeado por um corredor porticado a maneira de um claustro exterior. O seu corpo poligonal de oito lados é coroado com um telhado piramidal de oito águas. Em especial temos a sua portada ocidental ricamente ornamentada e carregada de simbolismo.

           

Não existe nenhuma documentação sobre a sua construção, podendo-se dizer pertencer a meados do séc. XII. Para alguns esses tipos de edificações estão vinculadas à Ordem dos Cavaleiros Templários, que importaram do oriente estas peculiares plantas octogonais na imitação do Templo do Santo Sepulcro de Jerusalém por eles defendidos dos muçulmanos durante longos anos. Isso explicaria também a função como local de sepultamento.

Seja como for, não há provas documentais que certifiquem a vinculação desse templo com a misteriosa Ordem Militar. Sem embargo, é inolvidável o caráter de capela funerária similar a outras que encontramos, como a de Vera Cruz de Segóvia, e sem irmos muito longe, em Torres del Rio a Igreja do Santo Sepulcro.

E os Templários construíram Eunate, há de se perguntar: com que fins o fizeram e com aquelas características? Para que usaram? Foi paróquia de um lugar despovoado, hospital ou cemitério de peregrinos? Porque Eunate “cem portas” se não existem tantas nem pouco mais ou menos. Longe de tudo, pode-se pensar que os mesmos praticavam naquele local seus rituais secretos de sua iniciação.

Os seus arcos externos deixam a antever que o local era indicado para se observar à aproximação de alguém mesmo durante a noite, porque Eunate sugere cerimônias noturnas à luz da lua penetrando pelos seus óculos situados na sua cúpula.  

         

Seja o que for a sua real história penetra na zona cinzenta das imaginações, dando lugar a um grande número de livros escritos a seu respeito.

Hugo de Payens Hugo de Payens (1070-1136), um fidalgo francês da região de Champanhe, foi o primeiro mestre e fundador da Ordem dos Templários.  

Ele era de uma família que, segundo cartas que pertenciam à Abadia de Molesmes, tinha parentesco com os Montbard (família a qual pertencia São Bernardo de Claraval e André de Montbard) e era originalmente um vassalo do conde Hugo de Champanhe. Com ele visitou Jerusalém uma vez e ficou por lá depois de o conde voltar para a Condado de Champanhe. Foi aí que organizou um grupo de nove cavaleiros para proteger os peregrinos que se dirigiam para a Terra Santa no seguimento das iniciativas propostas pelo Papa Urbano II.  

 De Payens aproximou-se do rei Balduíno II com oito cavaleiros, dos quais dois eram irmãos e todos eram seus parentes, de Hugo de Payens, alguns de sangue e outros de casamento, para formar a Ordem do Templo de Jerusalém.

Os outros cavaleiros eram: Godofredo de Saint-Omer, Arcambaldo de Saint-Aignan, Payan de Montdidier, Godofredo Bissot, Hugo Rigaldo, e dois homens registrados apenas com os nomes de Rossal ou possivelmente Rolando e Gondemaro. O nono cavaleiro permanece desconhecido, apesar de se especular que ele era o próprio Conde de Champanhe.  

Hugo de Payens terá nascido provavelmente em Château Payns, a aproximadamente 10 km de Troyes, em Champanhe, na França. Ele também foi um veterano da Primeira Cruzada (em 1099) tendo passado 22 anos de sua vida no leste da Europa.  

É provável que Hugo de Payens tenha servido no exército de Godofredo de Bulhão durante essa Cruzada. Como grão-mestre, ele liderou a Ordem dos Templários por quase vinte anos até a sua morte, ajudando a estabelecer a fundação da Ordem como uma importante e influente instituição internacional militar e financeira.

Na sua visita a Londres em 1128, ele conseguiu homens e dinheiro para a Ordem, e também fundou a sua primeira sede lá, iniciando a história dos Templários na Inglaterra. Ele morreu na Palestina em 1136 tendo sido sucedido, como mestre, por Roberto de Craon.   Jacques Demolay Historiadores modernos acreditam que Jacques DeMolay nasceu em Vitrey, na França, no ano de 1244. Pouco se sabe de sua família ou sua primeira infância, porém, na idade de 21 anos, ele tornou-se membro da Ordem dos Cavaleiros Templários.

A Ordem participou destemidamente de numerosas Cruzadas, e o seu nome era uma palavra de ordem de heroísmo, quando, em 1298, DeMolay foi eleito Grão Mestre. Era um cargo que o classificava como e muitas vezes acima de grandes lordes e príncipes. DeMolay assumiu o cargo numa época em que a situação para a Cristandade no Oriente estava ruim. Os infiéis sarracenos haviam conquistado os Cavaleiros das Cruzadas e capturado a Antioquia, Trípoli, Jerusalém e Acre.

Restaram somente os "Cavaleiros Templários" e os "Hospitalários" para confrontarem-se com os sarracenos. Os Templários, com apenas uma sombra de seu poder anterior, se estabeleceram na ilha de Chipre, com a esperança de uma nova Cruzada. Porém, as esperanças de obterem auxílio da Europa foram em vão pois, após 200 anos, o espírito das Cruzadas havia-se extinguido.  

Os Templários foram fortemente entrincheirados na Europa e Grã-Bretanha, com suas grandes casas, suas ricas propriedades, seus tesouros de ouro; seus líderes eram respeitados por príncipes e temidos pelo povo, porém não havia nenhuma ajuda popular para eles em seus planos de guerra. Foi a riqueza, o poder da Ordem, que despertou os desejos de inimigos poderosos e, finalmente, ocasionou sua queda.

Em 1305, Felipe, o Belo, então Rei de França, atento ao imenso poder que teria se ele pudesse unir as Ordens dos Templários e Hospitalários, conseguindo um titular controle, procurou agir assim. Sem sucesso em seu arreba tamento de poder, Felipe reconheceu que deveria destruir as Ordens, a fim de impedir qualquer aumento de poder do Sumo Pontificado, pois as Ordens eram ligadas apenas à Igreja.  

Em 14 de setembro de 1307, Felipe agiu. Ele emitiu regulamentos secretos para aprisionar todos os Templários.  

DeMolay e centenas de outros Templários foram presos e atirados em calabouços. Foi o começo de sete anos de celas úmidas e frias e torturas desumanas e cruéis para DeMolay e seus cavaleiros. Felipe forçou o Papa Clemente a apoiar a condenação da Ordem, e todas as propriedades e riquezas foram transferidas para outros donos. O Rei forçou DeMolay a trair os outros líderes da Ordem e descobrir onde todas as propriedades e os fundos poderiam ser encontrados. Apesar do cavalete e outras torturas, DeMolay recusou-se.

Finalmente, em 18 de março de 1314, uma comissão especial, que havia sido nomeada pe lo Papa, reuniu-se em Paris para determinar o destino de DeMolay e três de seus Preceptores na Ordem. Entre a evidência que os comissários leram, encontrava-se uma confissão forjada de Jacques DeMolay há seis anos passados. A sentença dos juizes para os quatro cavaleiros era prisão perpétua. Dois dos cavaleiros aceitaram a sentença, mas DeMolay não; ele negou a antiga confissão forjada, e Guy D'Avergnie ficou a seu lado. De acordo com os costumes legais da época, isso era uma retratação de confissão e punida por morte. A comissão suspendeu a seção até o dia seguinte, a fim de deliberar. Felipe não quis adiar nada e, ouvindo os resultados da Corte, ele ordenou que os prisioneiros fossem queimados no pelourinho naquela tarde.  

Quando os sinos da Catedral de Notre Dame tocavam ao anoitecer do dia 18 de março de 1314, Jacques DeMolay e seu companheiro foram queimados vivos no pelourinho, numa pequena ilha do Rio Sena, destemidos até o fim. Apesar do corpo de DeMolay ter perecido naquele dia, o espírito e as virtudes desse homem, para quem a Ordem DeMolay foi denominada, viverão para sempre. "Embora o corpo de DeMolay tivesse sucumbido aquela noite, seu espírito e suas virtudes pairam sobre a Ordem DeMolay, cujo nome em sua homenagem viverá eternamente." Jacques DeMolay, com 70 anos, durante sua morte na fogueira intimou aos seus três algozes, a comparecer diante do tribunal de Deus, e amaldiçoando os descendentes do Rei da França, Filipe "O belo":  

"NEKAN, ADONAI !!! CHOL-BEGOAL!!! PAPA CLEMENTE... CAVALEIRO GUILHERME DE NOGARET... REI FILIPE: INTIMO-OS A COMPARECER PERANTE AO TRIBUNAL DE DEUS DENTRO DE UM ANO PARA RECEBEREM O JUSTO CASTIGO. MALDITOS! MALDITOS! TODOS MALDITOS ATÉ A DÉCIMA TERCEIRA GERAÇÃO DE VOSSAS RAÇAS!!!"

(Jacques de Molay)  

 

Papa Clemente V – o Generoso

Clemente V (Bertrand de Got) - Papa de 1305 a 1314; nascido em Villandraut (Gironde), na França, em 1264. Teve a sede de seu papado em Avignon, cidade ao sul de França, devido as pressões de Filipe, o Belo. A sede do papado manteve-se em Avignon por 70 anos (1307- 1377), episódio que ficou conhecido como Cativeiro de Avignon. Morto por ingerir esmeraldas reduzidas a pó (para curar sua febre e um ataque de angústia e sofrimento), que provavelmente cortaram seus intestinos. O remédio foi receitado por médicos desconhecidos (?), quando o papa retornava a sua cidade natal.  

Guilherme de Nogaret (Guarda-Selos do reino) – Nogaret já havia cometido ações contra Bonifácio VIII: Bonifácio VIII (Benedetto Caetani) - Papa de 1294 a 1303; nascido em Anagni, entre 1220 e 1230. Dedicou-se ao estudo de Direito, sendo considerado, quando cardeal, eminente jurista e hábil diplomata. Convenceu o Papa eremita Celestino V a renunciar, sendo eleito em seu lugar. Entrou em choque com Filipe, o Belo; quando promulgou a bula Clericis Laicos, proibindo o clero de pagar impostos sem autorização papal. Depois de 1300, cresceram as dificuldades entre Bonifácio VIII e Filipe, o Belo; que falsificou bulas e pôs os franceses contra o Papa. Guilherme de Nogaret, aliado a dois cardeais da família Collona, recruta na Itália um exército, e assalta o Palácio Anagni. Lá o Papa em seus 86 anos, dentro de seus aposentos sacerdotais, intimado a renunciar o papado teria dito: ''Aqui está meu pescoço, aqui está minha cabeça: morrerei, mas morrerei papa!''. Foi esbofeteado por um dos cardeais Collona e excomungou Guilherme de Nogaret. Permaneceu prisioneiro por dois dias, até que a população o socorreu. Regressando à Roma, enlouqueceu devido ao golpe e morreu blasfemando depois de quatro meses (11 de outubro). Diz-se que morreu envenenado, fato que se atribui a Nogaret.

Envenenado por uma vela, feita por Evrard, antigo Templário, com a ajuda de Beatriz d'Hirson (dama de companhia de Mafalda d'Artois, mãe de Joana e Branca de Borgonha e tia de Margarida de Borgonha, esposas de Filipe, Carlos e Luís, respectivamente, filhos de Filipe, o Belo. Era também tia de Roberto d'Artois, um dos muitos amantes de Isabel, filha de Filipe, o Belo; cuja De Molay era padrinho de batismo). O veneno contido na vela era composto de dois pós de cores diferentes:  

CINZA: Cinzas da língua de um dos irmãos d'Aunay (que foram queimados por terem corneado Carlos e Luís com suas respectivas esposas). Elas tinham um suposto efeito sobrenatural para atrair o demônio.CRISTAL ESBRANQUIÇADO: "Serpente de Faraó". Provavelmente sulfocianeto de mercúrio. Gera por combustão: Ácido sulfúrico, vapores de mercúrio e compostos anídricos; podendo assim, provocar intoxicações tanto cianídrica, quanto mercurial.  

 Morreu vomitando sangue, com câimbras, gritando o nome dos que morreram por suas mãos.  

Rei Felipe o Belo Filipe IV (o Belo) - (1268 - 1314)

Rei da dinastia Capetíngea .Casado com Joana de Navarra. Foi excomungado por Bonifácio VIII, excomunhão que foi levantada por Clemente V. Saiu a caçar com seu camareiro, Hugo de Bouville; seu secretário particular, Maillard e alguns familiares na floresta de Pont-Sainte-Maxence. Sempre acompanhado de seu cães .Foram em busca de um raro cervo de doze galhos visto perto ao local. O rei acabou perdendo-se do grupo e encontrou um camponês que livra-se de ser servo. Deu-lhe sua trompa como presente por tê-lo ajudado a localizar o cervo. Achando-o e estando pronto a atacar-lhe, percebeu uma cruz (dois galhos que se prenderam nos chifres do cervo) que brilhava ( o verniz do galho que reluzia ao sol). Começou a passar mal, não consegui chamar ninguém, pois estava desprovido de sua trompa. Sentiu um estalo na cabeça e caiu do cavalo. Foi achado por seus companheiros e levado de volta ao palácio, repetindo sempre - "A cruz, a cruz..."e sempre com muita sede. Pediu como o Papa Clemente em seu leito de morte, que fosse levado a sua cidade natal; no caso do rei, Fontainebleau. O rei ficou perdido no seu interior, parecendo um louco, durante uns doze dias. Era dito aos que perguntavam dele, que tinha caído do cavalo e atacado por um cervo. Filipe foi levado a fazer um novo testamento e foi instigado por seus irmãos: Carlos de Valois e Luís d'Evreux, a escrever o que eles queriam. Logo após terminado, sempre com sede, faleceu.

Diz-se que Irmão Reinaldo, Grande Inquisitor de França, que acompanhou o rei em seus últimos dias, não conseguiu fechar suas pálpebras, que se abriam novamente. Foi assim, em seu velório, necessária uma faixa que cobrisse seus olhos.  

 Segundo os documentos e relatórios de embaixadores de que se dispõe, Chega-se a conclusão de Filipe, o Belo, sucumbiu a uma apoplexia cerebral em uma zona não motora. A afasia do início pode ter sido devido a uma lesão na região da base do crânio (região infundíbo-tuberiana). Teve sua recaída mortal por volta de 26 de novembro.  

 Frases Atribuídas a Filipe:

 "Fizemos canonizar o Rei Luís por Bonifácio, mas seria ele realmente um santo?"

"Não, meu irmão, não estou contente; cometi um erro: Devia ter mandado arrancar-lhe a língua antes de queimá-lo"( A Carlos de Valois, referindo-se a Jacques de Molay)

CONCLUSÃO

Com a morte de Filipe, o Belo; seu filho Luís sucedeu-o. Luís de Navarra; chamado Luís X (1289- 1316), reinou de 1314 à 1316 quando morreu. Deixou um filho, que nasceu logo após de sua morte, chamado João I; que foi assassinado por Mafalda d'Artois.

 

Assim o reino passou para seu tio, Filipe de Poitiers. Filipe V, o Alto (1294- 1322), reinou de 1317 à 1322. Morreu sem filhos homens.  

 O reinado passa ao irmão mais novo, Carlos. Carlos IV, o Justo (1295 - 1328), reinou de 1323 à 1328. Ajudou sua irmã, Isabel a depor seu marido, Eduardo II, do seu reinado na Inglaterra. Morreu sem herdeiros. O reino assim caiu sobre a casa dos Valois. Acabando assim a dinastia dos Capeto (987 d.C. - Hugo Capeto até 1328 d.C. - Carlos IV). A maldição de Jacques de Molay cumpriu-se dentro do tempo estipulado, os três condenados morreram em menos de um ano. Decorreram-se nove meses desde a morte de Jacques até a morte de Filipe, o Belo.

O Cavaleiro Templário
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